sábado, 13 de junho de 2009

Democratizar o credito com o governo emprestando, sem "vender" bonus


"Assaltar um banco ou fundar um banco?".
Em nenhuma hipotese, distribuição de renda.

Jamais aceitei que Mantega pudesse chegar a Ministro da Fazenda. Minha restrição a ele é total, a incompatibilidade, rigorosa. Mas como isso só se dá em materia de convicção e não pessoalmente, concordo com o Ministro pela primeira vez.

O senhor Ministro defende agora o que defendo há mais de 20 anos: a estatização dos bancos. Só que o governo (?) FHC fez exatamente o contrario: DOOU todo nosso patrimonio, incluindo, logicamente os bancos.

Inesperadamente, e não por causa da crise, o Banco do Brasil resolveu devolver ao País os bancos brasileiros. Começou pela Nossa Caixa, mesmo favorecendo Serra.

Depois de um erro enorme, o de comprar 49 por cento do banquinho do senhor Erminio de Moraes, dando a ele 7 BILHÕES de reais sem ficar com o controle e a maioria das ações, o BB voltou ao bom caminho. Ajudando os mais diversos estados, ficando com seus bancos e favorecendo o investimento.

A declaração do Ministro da Fazenda que merece os meus aplausos incondicionais: "É preciso nacionalizar (estatizar) os bancos, para facilitar o credito". Essa é a saída para uma crise que começou precisamente pelo credito irresponsavel, se transformou em crise economica e abalou o mundo. E continua abalando, apesar dos "otimistas de plantão".

O presidente Obama numa ação surpreendente e decepcionante, deu 2 TRILHÕES (é muito dinheiro) apenas para 2 bancos, o Citi e o America. Fingiu que ficava com um terço das ações (36 por cento), mas os executivos os mesmos, a politica de credito a mesma, o favorecimento a grupos financeiros, os mesmos.

Esses bancos e todos os outros, favoreciam jogadores (bolsas, opções, alavancagem e derivativos) que não produzem nem criam empregos. Acumulam lucros, para eles e não para a coletividade ou os investidores que pretensa, suposta e pseudamente representam. Qual a corretora que quebrou?

Também merece elogios o presidente Lula, ao dizer: "É preciso fazer o dinheiro circular, o credito tem que ser distribuido para que haja investimento e desenvolvimento".

Esse elogio do reporter ao Presidente Lula será logo retirado, pois não passará de teoria. Fez a declaração, enfrentará dificuldades, fará um retrocesso, (tipo FHC), e não se falará mais nisso. Já este reporter insiste na CIRCULAÇÃO DO DINHEIRO VIVO há dezenas de anos.

Já escrevi não sei quantos artigos, sugerindo a inversão da politica financeira. Minha sugestão de muito tempo: o governo (todos e não apenas o de Lula) deixaria de "vender" bonus a juros espantosos, passaria ele mesmo a emprestar a empresarios investidores.

O governo emprestaria cobrando juros maximos de 2 a 3 por cento, o Tesouro faria o lançamento, digamos inicialmente de 1 BILHÃO. Os empresarios investiriam, ganhariam, pagariam mais impostos, esses juros imorais (que foram de 44 por cento (logico, no tempo de FHC) ainda receberia (o governo) em vez de pagar a vida toda.

Minha sugestão vem de dezenas de anos, quando estavamos na era do BILHÃO, nem pensamos que entrariamos na do TRILHÃO.

Essa é a forma de democratizar o credito, acabar com o que chamam de "deficit primario" (que só existe no Brasil), criar empregos, aliviar o desemprego. Não farão coisa alguma, os bancos continuam sendo p-o-t-e-n-c-i-a-s.

PS- Todos os que enriqueceram com a DESESTATIZAÇÃO e as moedas podres (podrissimas) foram absolvidos. É logico que cabe recurso, ganharão sempre.

PS2- O governo dos EUA doa TRILHÕES ao bancos e seguradoras. Só que continuam dando bonificações suntuosas, generosas e luxuosas a executivos que já ganham fortunas.

5 comentários:

  1. A politica do Senhor Luiz Chaves da Silva e realmente o caminho da Ditadura. A Estatização de empresas privadas, a uniformização dos salarios e uma das prioridades dos governos ditatoriais.
    Em Cuba, na Vezezuela, na Bolivia e todos o outros onde impera a Ditadura. O Sr. Luiz Chaves da Silva além de estar se preparando para estatizar bancos e empresas transforma gradativamente o aposentado em mais um grupo de seus dependentes de bolsa familia. A miseria, a fome e a infermidade coloca o povo em suas mãos. Será que estes politicos corruptos que não enchergam o principio basico dos ditadores que é a transformação do povo em miseraveis dependentes de suas esmolas.

    ResponderExcluir
  2. O juro é alto para cobrir os "caloteiros". E o calote é grande porque o juro é alto. A verdade é que os banqueiros adoram um monte de pequenos caloteiros - se não houvessem eles criariam, pois assim tem a desculpa para assaltar com juros exorbitantes todas suas vítimas. Sim, pois quem depende de banco, não pode ser classificado como cliente e sim como vítima.
    Fazer o que. Nem todos dispõem de cartões corporativos para cobrir suas compras e despesas pessoais. A maioria busca "salvação" no cheque especial e aí se afunda de vez.
    Martim Berto Fuchs.

    ResponderExcluir
  3. Helio
    A coluna de hoje quase mostrou a face mais perversa da revolução de 64. Nela ouve duas fases distintas: na primeira quando brincamos de desenvolvimento econômico e experimentamos o "milagre brasileiro", convivendo com a truculência política, com censura a imprensa, eleições indiretas, pacote de abril, etc. Na segunda fase, delimitada pelo fatídico ano de 1979, tivemos a lenta e gradual abertura política com o fechamento da economia e o pior: a deformação do sistema financeiro, com a criação do "open-market" e "over-night". Foi quando entramos na década perdida. Recomendo a leitura do texto "Contestação ao ministro Malan", postado no site www.tcborges.ecn.br.
    Tadeu Cordova Borges
    tcborges@tcborges.ecn.br

    ResponderExcluir
  4. Tire seu cavalo da chuva.Quem elegeu e mantem o petralha mor no poder são os bancos. É ingenuidade querer que estatizem os bancos.O Brasil precisa um lider que de exemplo, que goste de trabalhar honestamente e não este que ai esta - aposentado por cortar um dedo- e que sempre que surge um problema arranja um viagem ao exterior.

    ResponderExcluir
  5. Sr. Helio Fernandes, sou pai de uma aluna do ensino médio, que precisa entrevistar uma pessoa que participou do período negro da ditadura militar brasileira. Disse a ela que somente o sr. poderia contar a verdade sobre aqueles anos. Não sabem nada sobre a ditadura.
    Será que o sr. poderia recebê-las? Aproveitando a oportunidade para cumprimentá-lo, e no aguardo de sua resposta, cordialmente
    Celso L.V. Fernandes - e-mail clvargas@ig.com.br.
    PS. o trabalho seria para Julho, porém, a resposta sobre quem entrevistar, devem dar essa semana. Desculpe a premência.
    Cordialmente e Respeitosamente
    Celso L.V.Fernandes

    ResponderExcluir