Ninguém deu tanto prejuízo ao Brasil e lucros a "investidores" de fora quanto a Light. A ultima calamidade foi a DOAÇÃO à Eletricité de France, estatal. No Brasil, diziam (aprenderam com FHC e o PSDB): "A Light não pode ser estatal". (Helio Fernandes)
* * *
Esse banco, que tem como recursos os dinheiros do cidadão-contribuinte-eleitor, adora ajudar empresas multinacionais. (Ressalve-se, registre-se, ressalte-se: não agora, mas também agora).
Vem desde os tempos do nada saudoso Roberto Campos, era BNDE, depois passou a BNDES. Antes não tinha o S de Social, ganhou o S, mas continuou não sendo Social. Que Republica.
Quando se trata de EMPRÉSTIMO, favorece as potências, desde que não sejam nacionais ou então fajutadas de brasileiras. Agora a Eletrobras, uma fabulosa estatal - embora com direção (?) calamitosa - quer emprestimo para as obras de Angra 3, energia nuclear. O BNDES pede tempo.
Deu emprestimos escandalosos ao Bradesco (que não precisa de dinheiro), a juros inacreditavelmente BAIXOS, a um banco que cobra (como todos os outros) juros inacreditavelmente ALTOS.
O mais vergonhoso é o caso da Light. Nos últimos 109 anos, ninguém explorou mais o Brasil do que essa empresa, antigamente chamada de truste. Monteiro Lobato foi preso e depois asilado, porque dizia: "Quando acordo, fico logo revoltado, acendo a luz e começo a pagar royalties à Light, um dos piores trustes".
Durante 50 anos, o Major MaCrimon, presidente dessa Light, mandava no Brasil. Com sua morte, assumiu Antonio Gallotti, brasileiro, mas serviçal desse truste. Espertissimo, poderoso, "amigo e íntimo" de todas as potências, "arquitetou" (no Brasil, para arquitetar não precisa ser arquiteto, como Niemeyer e Paulo Casé) com os que estão no Poder. Gallotti tinha essa facilidade-empresarialmente-felicidade.
Em 1977/78, o "presidente" Geisel resolveu COMPRAR essa Light, que devia ser nacionalizada. DEPOIS de 99 anos, esse prazo já havia sido ultrapassado. Mas Geisel (que o Ministro Silvio Frota, nas "Memórias", diz: "Ele é comunista, eu sempre soube disso") resolveu comprar a Light, pagando uma fortuna.
Justificativa: "A Light não pode ser estatal". Mas foi vendida a uma estatal estrangeira, a Eletricité de France, que não entrou com dinheiro, tudo financiado pelo BNDES, por ordem direta do "presidente" Geisel. (Leiam ou peçam na coleção da Tribuna da Imprensa a campanha feita por esse reporter e Sebastião Nery , lógico, contra essa DOAÇÂO. Como é muita coisa, vejam apenas as matérias do Nery, é o suficiente).
A Eletricité de France ficou uns anos, resolveu se desfazer, entregar a um grupo formado exclusivamente para isso. A francesa GANHOU dinheiro, os TESTAS DE FERRO que entraram, se foram muito incompetentes (e SÃO), não investiram nada. Formaram uma empresa com TRÊS SÓCIOS: os HERDEIROS da Eletricité, a Odebrecht (empreiteira e, portanto, merecendo todas a dúvidas) e a Cemig, uma das maiores estatais de energia. A Cemig é a única defensável, por er estatal e servir à coletividade, com a geração e distribuição de energia.
E os possiveis lucros, que não ficam SEQUESTRADOS, como os outros dois, os herdeiros do nada (da Eletricité) e os faturadores de tudo (como a Odebrecht, acusadissima, sempre impune).
Essa Light, que EXPLORA o Brasil desde 1900, TOMOU (a palavra é exata) dinheiro do BNDES a juros baixissimos, e assim mesmo não paga. E por que o BNDES NÃO COBRA?
É porque no Brasil a CORRUPÇÃO e a EXPLORAÇÃO formam grande e unida família, sempre contra o cidadão-contribuinte-eleitor. Vejamos se a Eletrobrás (apesar de estar na mão de uma quadrilha incompetente) OBTERÁ o emprestimo. Se não OBTIVER, voltaremos, com munição da pesada, sempre informando e defendendo a comunidade.
Vem desde os tempos do nada saudoso Roberto Campos, era BNDE, depois passou a BNDES. Antes não tinha o S de Social, ganhou o S, mas continuou não sendo Social. Que Republica.
Quando se trata de EMPRÉSTIMO, favorece as potências, desde que não sejam nacionais ou então fajutadas de brasileiras. Agora a Eletrobras, uma fabulosa estatal - embora com direção (?) calamitosa - quer emprestimo para as obras de Angra 3, energia nuclear. O BNDES pede tempo.
Deu emprestimos escandalosos ao Bradesco (que não precisa de dinheiro), a juros inacreditavelmente BAIXOS, a um banco que cobra (como todos os outros) juros inacreditavelmente ALTOS.
O mais vergonhoso é o caso da Light. Nos últimos 109 anos, ninguém explorou mais o Brasil do que essa empresa, antigamente chamada de truste. Monteiro Lobato foi preso e depois asilado, porque dizia: "Quando acordo, fico logo revoltado, acendo a luz e começo a pagar royalties à Light, um dos piores trustes".
Durante 50 anos, o Major MaCrimon, presidente dessa Light, mandava no Brasil. Com sua morte, assumiu Antonio Gallotti, brasileiro, mas serviçal desse truste. Espertissimo, poderoso, "amigo e íntimo" de todas as potências, "arquitetou" (no Brasil, para arquitetar não precisa ser arquiteto, como Niemeyer e Paulo Casé) com os que estão no Poder. Gallotti tinha essa facilidade-empresarialmente-felicidade.
Em 1977/78, o "presidente" Geisel resolveu COMPRAR essa Light, que devia ser nacionalizada. DEPOIS de 99 anos, esse prazo já havia sido ultrapassado. Mas Geisel (que o Ministro Silvio Frota, nas "Memórias", diz: "Ele é comunista, eu sempre soube disso") resolveu comprar a Light, pagando uma fortuna.
Justificativa: "A Light não pode ser estatal". Mas foi vendida a uma estatal estrangeira, a Eletricité de France, que não entrou com dinheiro, tudo financiado pelo BNDES, por ordem direta do "presidente" Geisel. (Leiam ou peçam na coleção da Tribuna da Imprensa a campanha feita por esse reporter e Sebastião Nery , lógico, contra essa DOAÇÂO. Como é muita coisa, vejam apenas as matérias do Nery, é o suficiente).
A Eletricité de France ficou uns anos, resolveu se desfazer, entregar a um grupo formado exclusivamente para isso. A francesa GANHOU dinheiro, os TESTAS DE FERRO que entraram, se foram muito incompetentes (e SÃO), não investiram nada. Formaram uma empresa com TRÊS SÓCIOS: os HERDEIROS da Eletricité, a Odebrecht (empreiteira e, portanto, merecendo todas a dúvidas) e a Cemig, uma das maiores estatais de energia. A Cemig é a única defensável, por er estatal e servir à coletividade, com a geração e distribuição de energia.
E os possiveis lucros, que não ficam SEQUESTRADOS, como os outros dois, os herdeiros do nada (da Eletricité) e os faturadores de tudo (como a Odebrecht, acusadissima, sempre impune).
Essa Light, que EXPLORA o Brasil desde 1900, TOMOU (a palavra é exata) dinheiro do BNDES a juros baixissimos, e assim mesmo não paga. E por que o BNDES NÃO COBRA?
É porque no Brasil a CORRUPÇÃO e a EXPLORAÇÃO formam grande e unida família, sempre contra o cidadão-contribuinte-eleitor. Vejamos se a Eletrobrás (apesar de estar na mão de uma quadrilha incompetente) OBTERÁ o emprestimo. Se não OBTIVER, voltaremos, com munição da pesada, sempre informando e defendendo a comunidade.
Jornalista Hélio Fernandes!
ResponderExcluirParabéns pela abordagem da matéria sobre a Light, só mesmo no Brasil um governante "comprar algo" que já é de direito.
Outra coisa, estou deveras satisfeito com seu blog, estava sentindo muita falta de suas matérias , e também dos jornalistas da Tribuna da Imprensa.
Faltou atualização do artigo. Atualmente a composição da Light, segundo a Bovespa é a seguinte:
ResponderExcluirRME - Rio Minas Energia Participações SA - 49,38%
Lidtil Comercial Ltda - 2,74%
Edf Internacional S.A. - 6,57%
Bndespar - 33,62%
Outros - 7,69%
Já a RME é composta da seguinte maneira, segundo parecer do Cade de 2006:
JLA Participações S.A. - 25%
Andrade Gutierrez Concessões S.A. - 25%
Pactual Energia Participações S.A. - 25%
CEMIG - 25%
Um artigo do Wikipédia trabalha um pouco diferente essa distribuição acionária, mas como artigo da Wikipédia não é confiável...
De qualquer maneira, se a Odebrecht participou em algum momento do processo, ela não participa mais; porque não falar então da situação atual da empresa, bem como de seus acionistas?
A questão da Light é emblemática mas, infelizmente, não é exceção. Outros casos, como o da Vale por exemplo, mancham a história do BNDES, que é um típico exemplo de uma boa idéia posta nas mãos erradas.
ResponderExcluirO BNDES só empresta para quem não precisa. Criando diversas dificuldades para aqueles que realmente necessitam de financiamento.
Esses são obrigados a procurar os "Bradescos da vida" a juros que beiram a agiotagem.