Os jornalões são desinformados dos fatos do dia, o que dizer então do que aconteceu há mais de 45 anos. O Globo diz com destaque: "Paulo Duque (o mesmo que agora é 2º suplente "docilíssimo" para relator da CPI da Petrobras) salvou o governador da acusação do extermínio de mendigos. Paulo Duque, relator da CPI da Matança de Mendigos, com seu texto, livrou Lacerda das acusações".
Quanta basteira, Manuel Bandeira (o grande poeta costuma brincar consigo mesmo com essa rima). Lacerda jamais mandaria matar alguém, principalmente mendigos. O que não existia eram provas, tudo foi arquivado.
E há mais e muito mais grave. Em 1982, na campanha para governador, com Lacerda já morto, Miro Teixeira reeditou as acusações contra ele. Sandra Cavalcanti, amiga leal de Lacerda e brava guerreira, processou Miro Teixeira e ganhou em diversas instâncias.
Miro ficaria inelegível para deputado em 1986. Sabendo que o repórter era (e continua sendo) admirador e amigo de Sandra, me procurou e pediu para falar com ela, para não levar o caso adiante. Falei com Sandra, que, nobre e generosa, respondeu: "Diga a ele que eu só queria defender a memória de Lacerda. Pode se candidatar".
E eu nunca fui amigo do Miro. Pertencíamos ao mesmo MDB. O meu era de combate à ditadura. O dele era o MDB do enriquecimento e da subserviência à ditadura, fazendo de Chagas Freitas, duas vezes "governador", com muitas aspas e sem votos. (Exclusiva)
quarta-feira, 3 de junho de 2009
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