segunda-feira, 25 de maio de 2009

Embaixadores americanos na badalação subserviente

A indicação de Thomas Shannon para embaixador dos EUA no Brasil não me diz nada. Deveria ser sempre assim, mas não é. Quando os americanos eram chamados de "Império Romano" (acreditavam) era obrigatório bajulá-los. Theodore Roosevelt, que em 1902 criou a a expressão "banana republic", indicava os embaixadores para a região baseado nessa "filosofia".

Até que chegamos a Lincoln Gordon, de centro-direita, admirado pelos esquerdistas, pelo fato de ser "professor de Harvard". Desmascarado com a derrubada de Jango, ficou com um unico amigo e admirador: Roberto Marinho. Motivo: os dois derrubaram a idéia de Brizola Ministro da fazenda e acabaram derrubando o proprio Jango.

O que os americanos jamais entenderam, nem nós: o fato do presidente Jango ter nomeado Roberto Campos embaixador nos EUA. Expulso Jango do Poder, Roberto Campos veio imediatamete dominar o Brasil. Só não pôde ser presidente da Republica, a Constituição "exige que seja brasileiro nato".

Na ditadura Vargas, principalmente no "Estado Novo", os embaixadores dominavam sem intermediarios. Só queVargas, espertissimo, quando precisava, conversava diretamente com o presidente dos EUA. E concedia, mas também obtinha. Foi o que aconteceu com Roosevelt. Precisva de uma base no Nordeste, preferia Natal, conseguiu. Sabia que o Brasil precisava de uma grande siderurgica, concedeu. Seus engenheiros não acreditavam que essa usina fosse em Volta Redonda (longe da materia-prima e dos portos), Roosevelt perguntou simplesmente: "É o que o presidente Vargas quer?" Diante da resposta afirmativa, determinou: "Será em Volta Redonda".

Mais tarde, não pessoalmente, Vargas "conversou" com Stalin. "Aliados", União Sovietica e Brasil tinham dialogo. Stalin queria a liberdade de Prestes, Vargas colocou-o numa prisão especial, recebendo amigos e correspondencia.

Mas nem americanos nem sovieticos se movimentaram quando o ditador foi derrubado. Na ditadura de 1964, os embaixadores dos EUA se divertiam, gostavam do cargo, mas não mandavam nada. Quem conversava com os generais no Poder era um general americano (além de espião), Wernon Walters. Ficou íntimo dos brasileiros na FEB da Italia, transferiu para cá a ligação feita lá.

Nos tempos de Juscelino, fomos dominados pelo FMI. FHC se submeteu inteiramente ao Consenso de Washington. Antes de ser presidente, e durante o retrocesso de 80 anos em 8.

Dessa subserviencia pelo menos estamos livres.

PS- O Brasil é um país que não pode cometer a traição do VOTO EM LISTA, a morte da representatividade. Não pode se vingar de adversarios tentando atingir a mais empresa que é a Petrobras.

PS2- É impossivel viver e conviver com a corrupção institucionalizada, compartilhada e justificada. Não fazem a Revolução, a modificação total? Pelo façam um acordo pela R-E-N-O-V-O-L-U-Ç-Ã-O.

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