O ministro Jobim fez conferencia no Clube Militar. Três horas jogadas fora, espantoso desperdicio de tempo. Numa atitude de repudio e de protesto ao comportamento do ministro, generais e brigadeiros não compareceram . Apenas dois generais e 2 brigadeiros foram para ouvir Jobim e relatar aos companheiros o que ele disse.
A Marinha compareceu em peso, lotando o auditório, que parecia mais com o Clube Naval do que com o Clube Militar. O ambiente era todo de branco, por causa do uniforme. Não estou criticando a Marinha, seu comandante ao menos salvou o submarino nuclear.
LEIAM ABAIXO O ARTIGO MAGISTRAL DO GENERAL LESSA SOBRE A CONFERENCIA DE JOBIM.
A fantasiosa estratégia
Assisti a palestra do ministro Nelson Jobim no Clube Militar sobre a nova Estratégia Nacional de Defesa - END, tão comentada nos últimos tempos.
Foi desolador ouvir o titular da pasta, por quase 3 horas, desfiar objetivos, metas, prioridades, princípios que, longe de convencerem, despertaram inquietação e pasmo pelo seu alto conteúdo teórico, calcado em falsas premissas de democratização, subordinação do militar ao poder civil e sua efetiva retirada do processo político brasileiro, alheando-o das grandes decisões nacionais.
Desembaraçado, com bom domínio da platéia, o ministro dissecou a dita END, as suas origens e a metodologia que foi aplicada na sua elaboração, e ao longo da exposição ficou muito evidente a falta de consistência das idéias apresentadas, pelo total alheamento com a realidade do país, seja qual for o campo que se considere - político,
diplomático, científico, econômico, psicossocial - estabelecendo metas tão absurdas e descompromissadas com o tempo que, por pouco, faltou prever a nossa ida á lua, à marte ou, quiçá, até mesmo ao sol, ao longo dos próximos 50, 100 ou 1000 anos.
O descomprometimento temporal, a não convergência com as condicionantes políticas brasileiras de não se prosseguir projetos de governos passados, a ausência de orçamento econômico-financeiro de longo prazo, o descompasso técnico-científico que vive o país com até mesmo grandes dificuldades de absorção de novas tecnologias, põem por terra as supostas benesses que possibilitariam transformar as Forças Armadas Brasileiras em efetiva e confiável máquina de guerra.
É difícil citar projetos que vingaram e se firmaram na Nação desafiando sucessivos governos, sendo o mais evidente de todos eles o da Petrobras. Nada garante que os futuros governos aceitem, como prioritárias, as premissas estatuídas na referida Estratégia e deem a ela prosseguimento ao longo dos próximos 50 anos. É pura utopia assim pensar.
Talvez alguma coisa dê frutos e, como princípios a seguir, foram bem colocados a transferência de tecnologia na aquisição dos diferentes materiais e o incentivo à indústria nacional de defesa.
Todavia, nenhuma palavra sequer foi dita com o intuito de reverter as atuais fragilidades das Forças Armadas, com carências de toda ordem, obsolescência dos seus equipamentos e armamentos, precariedade dos seus sistemas logísticos, limitações no adestramento e na qualificação dos seus quadros e muitas outras, pois, nesse caso, o ministro teria que sair das suas considerações essencialmente teóricas e fora da realidade para efetivamente. se engajar e o atual governo na alocação de vultosos recursos que possibilitariam reverter tão preocupante cenário que ameaça até mesmo a soberania do país.
É fácil, mas sem sentido, elaborar um documento de tal envergadura jogando para os futuros governos a responsabilidade da sua viabilização. Na realidade, é com "forças desarmadas" que dispõe o país para a sua defesa, incapazes de se oporem com razoável grau de sucesso a possíveis investidas inimigas, sejam elas de que origem for.
A responsabilidade por esse desastroso quadro é dos políticos, tem nome e sobrenome - poder civil- que vem governando o país por mais de 20 anos e que não atribui ao seu segmento militar as prioridades que ele necessita.
Se fosse uma estratégia séria, teria previsto metas e objetivos a serem atingidos ao longo do tempo, comprometendo orçamentos econômicos e financeiros realistas para alcançá-los, conferindo em primeira mão alta prioridade à reversão do atual e melancólico quadro em que as Forças Armadas se encontram.
Mas isso o ministro não poderia garantir, particularmente face à atual conjuntura econômica mundial. Por isso, esquivou-se.
De fato. o que temos presenciado é o corte nos orçamentos militares, a considerável redução nas despesas de custeio e de investimentos e no número de conscritos a serem incorporados. Essa é a realidade das Forças Armadas e não a ficção, o sonho quimérico, lunático, que o ministro pretendeu vender como uma verdade futura.
Considerar a Amazônia como área prioritária não constitui novidade. Há muito tempo assim o entendem as Forças Armadas, especialmente o Exército, quando nos últimos 20 anos para lá transferiu várias das suas brigadas. Mas é chocante confrontar-se os ditames da atual Estratégia com as enormes dificuldades com que civis e militares lá se defrontam. quando até mesmo as condicionantes básicas de vida estão muitas vezes ausentes nos pelotões de fronteira, onde, ainda hoje, são raridades a energia elétrica, o esgoto, a água tratada e encanada, as comunicações confiáveis etc.
Antes de sonhar com esse hipotético soldado do futuro, réplica crioula de um mimetizado "X-Man", é preciso cuidar do soldado do presente, tão esquecido e desprezado nessa Estratégia.
Considerar que os problemas que envolvem a TI Raposa Serra do Sol não ameaçam à soberania do país e que, também, não são da alçada do Ministério da Defesa é um lastimável engano e uma grande decepção pela miopia da visão distorcida, pela não valorização da unidade nacional e pelo desconhecimento ou menosprezo das pressões
internacionais sobre a Amazônia.
Pobre das Forças Armadas que continuarão sendo iludidas por aqueles que sobre elas têm responsabilidade, prometendo-lhes mundos e fundos que nunca virão, tônica presente em todos os últimos governos, a despeito da lealdade, competência e eficiência com que vêm servindo a Nação!
Infelizmente, e o futuro dirá, a Estratégia Nacional de Defesa é mais um engodo, mais um desvario megalomaníaco, um documento para "inglês ver" e do qual não sairão Forças Armadas efetivamente dotadas de poder combativo capaz de respaldar o país na defesa dos seus mais altos interesses.
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LUIZ GONZAGA S. LESSA é general, comandou o Exército na Amazônia e presidiu o Clube Militar.
Exmo. Sr. General Lessa,
ResponderExcluirFica cada vez mais evidente que existe uma estrategia por detras dessa aparente insensibilidade aos problemas da segurança e soberania nacionais.
Os fatos vão gradativamente apontando para a consolidação de manobras de carater cumulativo e dentro das perspectivas do combate silencioso.
Temos hoje programas que envolvem biossegurança, biodiversidade, soberania territorial de dominio da tecnologia espacial somando-se ao desconhecimento pela natureza do trabalho das Forças Armadas na direção de um Brasil mais integrado e livre de ingerencias estranhas ao nosso interesse como nação.
Somente a presença das FFAA podem garantir nos territorios sem lei que estão se disseminando pelo pais a ordem, a vigilancia territorial e estrategica de nossas riquezas e a integração ou assitencia às populações desprovidas do minimo concebivel para viverem.
Fazemos votos que politicas mais inteligentes possam ser conduzidas ou que o mais breve possivel as Forças Armadas possam assumir o papel que neste momento , nao ha instituição capaz de realizar.
Pela modernização imediata de nossas Forças Armadas!
Pela ampliação do contingente, incluindo as populações regionais em programas de valorização e de preparo tecnologico,
Pela criação de novas bases militares preenchendo o espaço vago que está sendo foco destes interesses alheios ao nosso bem estar como pais soberano.
Este e um momento em que nossas Forças Armadas tem um enorme trabalho a realizar e precisam de todo o apoio da população, e da visao aberta e estrategica dos governantes que se importam com o Brasil, para o suporte necessario imediato a tal tarefa.
Não compreendo como uma pessoa como o Sr.Nelson Jobim, que tanto mal fez a esse País, ainda continue solto e ainda mais como ministro de estado... Parece definitivamente que no Brasil o crime compensa e muito...
ResponderExcluirInfelizmente o Brasil, não tem mais aqueles brasileiros patriotas, que lutavam pela sobera-nia do país, pensavam no Brasil potência não essa cambada de irresponsáveis que nem noção de Brasil tem, vivem em outros mundos alheios as nossas necessidades e interesses, querem satisfazerem a interesses de outras Potencias ficando o Brasil em segundo plano.
ResponderExcluirOs oficiais generais das forças armadas já deveriam ter mandado fuzilar este Nelson Jobim, um traidor nato que adulterou a constituição de 1988 e continua desmontando o que ainda resta das organizações militares dos três ramos.
ResponderExcluirO maior culpado é Lula que aceitou este pilantra do Jobim, recomendado pelo FHC para dar continuidade ao plano de desmonte do Brasil como Nação.
A quem interessa a força desarmada? Planejar o futuro sem viver o presente não é sonho utópico é burrice. O futuro só pode ser planejado partindo da realidade de hoje. Qualquer coisa fora disso é palpite, é desejo ou pior má-fé.
ResponderExcluirJá tratamos do assunto no site www.kyonen.med.br
ResponderExcluirÉ imprescindível reaparelhar logo as forças armadas, dentro do possível,fora da insensatez. O Brasil dispoem hoje de uma reserva em dólares três vezes maior do que a dívida externa. Logo, é viável aplicar 10 a 15 bilhões de dólares para o reaparelhamento. Precisamos de corvetas, fragatas e submarinos - quem vai defender as nossas plataformad de petróleo? E de caças supersônicos que desestimulem quem pretenda invadir a Amazônia,atacar as referidas platafomas - lembrem-se do pré sal - e nossos parques industrias. E ainda sobra dinheiro para formar brigadas blindadas,aptas a se deslocarem, com rapidez, para qualquer área do nosso território. Há também que se expulsar do país, a maioria das ONGs estrangeiras, pontas de lança disfarçadas de eventuais invasores. Em futuro próximo, alguém virá atrás das nossas reservas de água doce. Se perdemos a nossa soberania, tudo mais estará perdido. Só que o dinheiro deverá ser aplicado por quem entende do assunto: os comandos das três forças. Criminosamente, FHC acabou com o EMFA. Devemos recompô-lo. Não por dois lunáticos aventureiros: Jobim e Mangabeira Ungar. E o Lula é um sem vergonha, ao designar para tão elevado posto, quem já o chamou de o "mais cretino e burro político do planeta". Quanto ao Jobim, sua capacidade efetiva em termos de segurança nacional, não passa de administrador da Infraero. Nada mais. Sua ambição em se tornar presidente é uma perigosa ameaça para o país.
O Golpe de Direita já foi dado. Eles agora estão tomando o Poder. Acho incrivel os senhores Generais nao perceberem o jogo de xadrez onde os quatros poderes podres se juntaram no governo FHC e estão perpetuando os seus poderes, eles fazem o que querem com qualquer um(EXEMPLOS:SARNEY,COLLOR,ITAMAR,FHC,LULA)e...SERRA.
ResponderExcluirAgora através do Gilmar Dantas estão dominando todo o Judiciario Brasileiro em todas as Instancias. O Brasil esta sendo loteado com brasileiros dentro e vendidos a quem pagar mais? Acordem senhores das Armas, pois vois, também foram loteados e colocados no esquecimentos da submissão completa. Voces que sempre foi a ultima esperança de um Povo, foram derrotados no seu proprio campo num longiquio jogo de xadrez da direita corrupta. Parabens a nossa não tão gloriosa FFAAs.
As Forcas Armadas do Brasil foram na ditadura militar o esteio do imperialismo americano e de seus scocios menores nacionais. Repudiaram publicamente este triste papel do passado? A defesa dos interesses nacionais exige clareza ideologica. A politica economica do Brasil e' de direita, a pseudo-democracia foi inventada e e'mantida pela direita, FHC lider da direita pseudo-moderna vendeu o pais e nunca foi responsabilizado, o PT escafedeu-se na jogatina suja do poder e o Lula virou um politico a mais.
ResponderExcluirO Tucanato e o Partido da Imprensa Golpista, a chamada "grande" imprensa que nunca foi tao pequena e mesquinha, constituem no momento a maior ameaca `a soberania nacional. Que tem o general a dizer sobre isso?
Caro General, o exercito não tem culpa de nada do que esta acontecendo hoje no Brasil, por ser democrático,devolveu o comando da nação aos politicos profissionais antes da hora, deveria ter feito como no Chile, aguardar a hora certa e já com politicos renovados, aqui não, continuam os Sarneys,Calheiros,Malufs,Dirceus,Inácios 51,Mercadantes,e toda uma corja de "Petralhas". Também esta faltando um CARLOS LACERDA para esfregar o dedo indicador na cara deste presimente Luiz Inácio, desmascara-lo para a nação, esta faltando Carlos Lacerda neste Brasil.
ResponderExcluirlamento ter que postar como anônimo, mas são os tempos modernos de desrespeito à soberania nacional e o apoio irrestrito ao poder econômico que me levam a isto. Lamentavelmente as leis não são mais para proteger à Nação, mas sim para proteger os poderosos, portanto critica-los é perigoso.
ResponderExcluirA verdade é que sem Lei e Ordem o país está indo para o brejo!
Ao poder econômico (pseudo-democratico) interessa leis como o Estatuto da Criança e do Adolescente que insuflam uma total indiferença pelo respeito.